terça-feira, 23 de maio de 2017

BOLETIM INFORMATIVO

BOLETIM INFORMATIVO  01/2017
Vitória 23/05/2017




Apresentação
O presente boletim informativo tem a função de unificar em um só documento, de maneira sucinta, as atividades desenvolvidas pela AME-ES no cumprimento de seus objetivos estatutários, em seu curto espaço de vida, desde sua criação até os dias atuais.     

Breve Histórico 
Foi outro dia mesmo, em 20/08/2016, ocorreu nossa assembleia de fundação e aprovação do estatuto. Nosso Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica- CNPJ só surgiu no ano de 2017, quase no final do mês de janeiro.
Durante esse curto período de tempo, que totaliza quase 9 meses, procuramos trabalhar intensivamente para desenvolver e favorecer o conjunto da atividade da meliponicultura no Estado do ES, com consequente filiação de novos associados, sendo que hoje somos aproximadamente 50 membros.

Nossa atuação despretensiosa e constante iniciou-se com a exposição de orquídeas  no Parque da Vale, no início do mês de setembro de 2017, quando expomos nossas abelhas, dando continuidade aos trabalhos de sensibilização para com as abelhas sem ferrão (ASF) que seus fundadores já faziam, de maneira voluntária, nos últimos 10 anos no Estado do ES.
O primeiro projeto “Programa de Meliponicultura da Foz do Rio Doce”, exclusivo da AME-ES e com objetivo de despertar o interesse da comunidade para a criação racional de abelhas nativas, como atividade laboral, comercial e de lazer, logo depois da sua primeira fase de implantação conseguiu parceiros, que com aporte de singelo recurso financeiro já está formando dezenas de meliponicultores e multiplicadores na região alvo. Representa um alento às comunidades afetadas pela tragédia ocorrida no Rio Doce, mas também já aqueceu a economia regional, com a comercialização de dezenas de colônias e de caixas vazias, quantitativos que podem em breve estar passando para centenas. Esse aquecimento do mercado, faz com que atividade de meliponicultura seja beneficiada coletivamente, favorecendo individualmente o criador, potencializado a produção, permitindo que aqueles que se dedicam a atividade como comércio possam oferecer qualidade e regularidade no fornecimento de meles, colônias e materiais.  

Já implantamos dois meliponários coletivos em nome da AME-ES, ambos com cessão de área em propriedades rurais, um nas proximidades dos limites da Unidade de Conservação sustentável da Área de Proteção Ambiental Morro do Valiante, no município da Serra e o outro na Zona de Amortecimento da Unidade de Conservação de Proteção Integral do Parque Estadual Pedra Azul, no Munícipio de Domingos Martins, esse último voltado ao objetivo maior da AME-ES, que é a conservação da uruçu capixaba.  

Com a Fibria, especificamente junto ao Programa de Desenvolvimento Rural Territorial – PDRT –, nas localidades de Boa Vista e Gimuhuna, no Munícipio de Aracruz estamos auxiliando na implantação de meliponários individuais, como piloto iniciando em 04 Unidades Familiares que atuam em sistemas agroflorestais com manejo agroecológico, visando a geração de renda e incremento dos serviços ambientais prestados pelas ASF nas agroflorestas.

Com a Vale, especificamente no Parque Botânico, já estamos atuando no “Plano de Fortalecimento das ASF”, visando incrementar o manejo racional das abelhas sem ferrão na área, incluindo aí diversas ações de capacitação, sensibilização, monitoramento e também implantação de meliponário.    

Com a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Estado do Espírito Santo – APCEF – estamos dimensionando visando a implantação de um meliponário na área de preservação natural da sede da associação, visando diversificar e aumentar a população das espécies das ASF, desenvolver ações de educação através de cursos, capacitações e oficinas, incentivando aos associados da APCEF-ES a se tornarem meliponicultores urbanos e ou rurais.

Todas as ações que envolvem o manejo das ASF o fundamento principal é reconhecer as abelhas indígenas e a meliponicultura, como prestadoras de serviços ambientais de provisão, regulação e suportes culturais.

Fomos convidados para participar como membros do Comitê Gestor da Apicultora do Espírito Santo, que agrega vários órgãos públicos e sociedade civil para traçar a política da apicultura, e agora também graças a nossa atuação, da meliponicultura. Nossa participação será no sentido de conseguir a regularização de funcionamento, seja estadual ou municipal para os diferentes meliponários, legalização e facilidade no comércio do mel e de colônias de ASF, agilidade na emissão de GTA, recebimento de recursos para fomento da atividade, e a inclusão da meliponicultura nos planos de governo, tanto no âmbito produtivo e comercial, como também ambiental, garantido ganhos pessoais para todos os meliponicultores do Espírito Santo.

Quanto ao Poder Público, já estamos bem encaminhados com a Prefeitura de Vitória para a instalação de meliponarios nos Parques da Cidade, a inclusão da meliponicultura nas ações ambientais do município, formatação da legislação municipal, regulamentação de horário na aplicação de veneno para controle da Aedes Aegypti (fumacê), substituição de árvores com pólen toxico por plantas melífera, educação ambiental para tornar a população amiga das abelhas nativas, fazendo como que a meliponicultura se fortaleça, ajudando aos meliponicultores individualmente, observando que serão apenas os criadores  de Vitória, mas também os dos outros municípios, já que a política da capital, acaba por influenciar os outros municípios que procuraremos, uma vez concretizando o acordo de intensões na Capital.

Nosso programa de capacitação e nivelamento do associado já tratou de temas como pasto melífero, introdução aos conceitos da biologia e comportamento das ASFs, confecção de atrativo e iscas, diferentes conceitos de caixas racionais, nossas próximas capacitações vão trata de alimento energético e proteico
As ações executadas e brevemente descritas foram adotadas e negociadas com a preocupação de sempre atender nossos interesses estatutários, com benefício direto para a associação e seus associados, uma vez que em algumas das parcerias receberemos a médio prazo, colonias e caixas vazias. Sem contar com possibilidade, no caso da Prefeitura de Vitória, de conseguirmos um espaço para nossa sede executiva com espaço para guarda de materiais, incluindo uma lojinha.
Os meliponicultores envolvidos nos projetos e associados da AME-ES poderão criar as suas abelhas em meliponários coletivos ou mesmo hospedá-las por um período do ano.

As colonias que AME-ES irá receber serão utilizadas para as futuras práticas de manejos e aulas práticas. Serão também utilizadas para novos projetos de incremento da atividade e poderão ficar sob cuidado de associados, que poderão no futuro multiplicar, ficar com parte das divisões e agregar as outras em novos programas ou beneficiários de programas, sempre de maneira formal e transparente.
  
Esse é o sentido do associativismo: a união de pessoas para atender os objetivos em comum, antes dos individuais. No nosso caso, o objetivo comum é proteger as abelhas, a natureza e os interesses coletivos dos meliponicultores. Observamos que quando alguns interesses individuais passam a ser compartilhados por vários eles se tornam coletivos, dessa maneira está chegando a hora de fazermos um levantamento a respeito desses interesses e começarmos a atuar para que eles sejam garantidos. Isso, sempre em de acordo com nossas possibilidades financeiras, jamais contrapondo à Constituição Federal, o Código Civil Brasileiro, aos órgãos ambientais regulamentadores e fiscalizadores a nível federal, estadual e municipal, e, é claro, o nosso Estatuto. A associação somente pode fazer aquilo que a Lei e o Estatuto nosso permitem.

Com isso, acreditamos estar tendo como retorno o reconhecimento dos órgãos públicos, imprensa e sociedade civil, trazendo dessa forma benefícios individuais aos meliponicultores, mais especificamente aos nossos associados, lembrando que somos uma associação, isto é a união de pessoas que se organizam para fins não econômicos e não somos uma cooperativa, cuja finalidade é essencialmente econômica e seu principal objetivo é viabilizar o negócio produtivo dos associados junto ao mercado.

Muita coisa está mudando na meliponicultura nesses últimos meses, nossos meles agora são considerados legalmente como tal e a legislação está sendo discutida com intuito de facilitar a criação das ASF. Vamos construir isso JUNTOS !!!  


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