quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A AME - ES INICIA PROGRAMA DE MELIPONICULTURA EM REGÊNCIA (LINHARES)

     Localizado na foz do Rio Doce, e tendo a economia muito fundamentada na pesca e no turismo, o Distrito de Regência e toda a região do entorno estão em grande dificuldade com a impossibilidade da pesca e brusca queda no movimento de turismo e do comércio depois do desastre ambiental que afetou profundamente o equilíbrio ambiental e social de todas as cidades banhadas pelo Rio Doce.

   É neste contexto que Associação dos Meliponicultores do Estado do Espirito Santo iniciou  no dia 3 de dezembro seu primeiro programa de meliponicultura comunitário para ajudar na quebra  deste cenário de falta de perceptivas dos moradores desta região.


  O  objetivo principal é  despertar o interesse da comunidade de Regência e entorno, para a criação racional de abelhas nativas, como atividade laboral, comercial e ou de lazer, distintas das tradicionais, dinamizando a economia local com participação de vários setores.

  A previsão inicial era de fazer um dia de meliponicultura intensa, mas no final, se tornou um fim de semana de atividades envolvendo teoria, práticas e também uma exposição de e abelhas. No final foram deixadas colônias para se iniciar o meliponario comunitário instalado no Centro Ecológico administrado pelo Projeto Tamar, que gentilmente cedeu o espaço.

 Pescadores, estudantes, proprietários de pousadas, agricultores ribeirinhos, dentre outros representantes de grupos sociais, estavam representados dentre os 18 participantes que foram atendidos com muita dedicação por quatro representes da AME - ES, que contaram também com a ajuda na logística do Paulo Rodrigues, do Instituto Ecomares. 

  No inicio das atividades os participantes foram convidados para visitar a exposição de diferentes espécies de abelhas sem ferrão, acomodadas em caixas didáticas, preparadas e emprestadas para o evento por André Litzinge, também membro da AME-ES.  
Participantes admirando  uruçu



A exposição de abelhas na abertura do evento foi muito morivador
Durante a exposição os participantes receberam as explicações
    A exposição das abelhas serviu como apresentação de algumas espécies de abelhas, e para que os participantes começassem a aprender distinguir trigonas de meliponas, pois tiveram contato com colonias de uruçu, mandaçaia, jatai, dentre outras.  

   Em seguida, no salão do Centro Ecológico, iniciou-se a teoria com o membro Thiago Branco, numa apresentação sobre a meliponicultura, em seus diferentes aspectos, como biologia, manejo, e também discorreu sobre as possilidades da atividade.


Thiago Branco falando sobre aspetos gerais da  meliponicultura 
     Mesclando teoria com a prática, o dias de atividades prosseguiu, mais tarde com explicações e dicas sobre a confecção de ninhos temporários (iscas) para receber os enxameamento. Diversas iscas foram confeccionadas e outras que levadas prontas para instalação foram distribuídas. Julio Barbosa, Associado Fundador e atual tesoureiro da AME -ES, também falou sobre caixas em aspectos gerais.
Confecção de iscas
      
Julio falando sobre caixas para abelhas nativas
 Depois de aprender sobre com confeccionar iscas, chegou a hora de ver como é que se faz a transferência das enxames enxameados no ninhos provisório  para caixas racionais. E nada melhor para aprender do que praticando ou pelo menos assistindo. Assim a AME-ES levou cinco enxames de jatai em garrafa PET e em embalagem tetra pak para realização de uma oficina de transferência. Por sugestão do grupo uma dessas, foi levada no dia seguinte para Entre Rios, e no dia seguinte a AME - ES foi representada nesta comunidade de ribeirinhos, onde fizemos uma nova oficina de transferência. A colonia enxameada ficou na comunidade.

Material foi entregue para aos moradores da comunidade de Entre Rios 
Moradores fazendo prática de transferência supervisionada 

Foi ensinado como fazer a transferência sem prejudicar o ninho 
    Assim, após um final de semana de muito trabalho, saímos de Regência e Entre Rios felizes com o trabalho realizado, deixando iniciada a meliponicultura nesses lugares. Agora vamos dar continuidade com mais formações e iremos procurar disponibilizar mais colônias para os meliponarios comunitários para deles originalizar enxames para os participantes.

   Se você puder colaborar com doação de colonias enxameamentos, caixas  ou financeiramente ou com idéias, pelo e mail presidencia.amees@gmail.com

Meliponario comuntário. Ao fundo as águas do Rio Doce um ano após a maior tragédia ambiental brasileira


João Luiz T. Santos
        Presidente

6 comentários:

  1. Parabéns a todos que participaram desse projeto levando à comunidade a necessidade da preservação das ASF, não para fim comercial, mas para a preservação do meio ambiente.

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    1. Até porque ao se propor ações pela meliponicultura como um todo, fazendo com a atividade desenvolva de forma sustentável estaremos também, indiretamente, promovendo o seu desenvolvimento comercial.

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  2. Parabéns aos envolvidos! Ficamos mais uma vez com a esperança renovada, na esperança de que a proteção das abelhas brasileiras siga um caminho que não seja, somente, direcionado pelo capitalismo.

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  3. Obrigado Eurico. É por aí mesmo. Estamos acreditando muito nesse programa. Mas não sonhamos pequeno. A ideia ampliar para os outros municípios do ES banhados pelo Rio Doce. Na verdade, estamos batalhando por patrocínio para fazer uma coisa bem legal, inclusive convidando vocês da AME-MG a entrar nessa.

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  4. Respostas
    1. Antonio, entre em contato conosco pelo email
      presidenciaamees@gmail.com ou pelo fone 27 99814167

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